momento desabafo:

não sei se sou só eu, mas acredito que a cena musical do RS anda uma grande merda há tempos. Sei lá. Nada mais por aqui me empolga como na década de 90 e no início de 2000. Estamos passando por uma fase negra. Nem é negra de coisas muito ruins, mas coisas que nem fedem nem cheiram, blasé geral.

Realmente não acredito que meus novos projetos vão salvar o mundo, muito menos a cena dessa região aqui. Aliás, engatei um "foda-se" há um bom tempo. Faço música só pra mim mesmo, pra saciar essa coceirinha de fazer música de vez em quando. Se recebo algum elogio em troca disso, é lucro. Tô virando velho e ranzinza. Cada vez escuto mais velharias e menos coisas novas. Ainda sou doido pelo que era feito musicalmente na década de 60 (a partir de 65, 66) e nada nesse mundo bate a genialidade e exuberância da música feita naquela época. Disco Volante (segundo álbum da Mr. Bungle - melhor projeto em que o Patton já se enfiou) é uma grande excessão. Mestres supremos!!!



Mas tenho que concordar que tiveram alguns belos discos lançados em 2002:

- Supergrass - Life On Other Planets

- Queens of The Stone Age - Songs For The Deaf

- The Dilinger Escape Plan - Irony Is A Dead Scene (com o mestre Mike Patton nos vocais)

- O novo do Of Montreal não ouvi ainda, mas deve tá foda como de costume.

- Tanto a primeira demo pop dos Massa, quanto o Senador Medinha quanto o disco triplo de páscoa dos Massa são discos em que eu estive envolvido e que me trouxeram grandes felicidades.

- E a demo fatídica da VH que tem lá suas pequenas pérolas.



Mesmo assim, tenho muita esperança no coração que alguma banda, ser, animal, coisa ou gleba lance algum petardo fonográfico em 2003 que possa me impressionar bastante. E acho que uma grande pedida será os 3 discos que o Patton tá gravando agora simultaneamente - novo do Fantômas, estréia do Peeping Tom e segundo do Tomahawk (esse último eu não acho grande coisa, mas nunca se sabe o que pode sair das mentes do Patton e do guitarrista da Jesus Lizard). Saravá!



www.ipecac.com - o selo que o mestre leva adiante pra deleite da moçada pimponeta