quarta-feira, dezembro 17, 2003

Pois é, segunda-feira foi mais um lindo dia na história da minha vida. É sempre delícia extra-cremosa encontrar, receber, abraçar, conversar e tocar com meus amigos tão amados do Rio. E dessa vez não foi diferente.
Todo mundo que se envolveu na organização do show do D+2 e Os Massa tava meio com medo que alguma coisa pudesse dar errado com esse show, desde um possível tufo monetário devido à divulgação "de boca-a-boca" até um problema mais sério com a polícia devido à clássica equação barulhonumlocalsemalvaráparashows+vizinhançametidaabesta=políciacortandoobarato. mas tudo tudo correu perfeitamente bem.
Os donos do Mojo Cabelereiros foram extremamente gente fina, pacientes, com muita boa vontade pra fazer o troço todo acontecer nos conformes. Os cariocas são sempre muito queridos e prontos pra qualquer parada. A Rafa (atual empresária d´Os Massa - brincadeirinha - e namorada do Thomas Dreher) conseguiu produzir o show e tudo mais de maneira rápida, eficaz e indolor. Chegou até a aparecer um belo público pra prestigiar a bagunça toda, pessoal cool, pessoal chinelo, pessoal do teatro, pessoal da imprensa, pessoal da casa do caralho. Tudo nos conformes.

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O show dos Massa foi bem meia-boca. Nos emocionamos demais e metemos o volume dos instrumentos no talo. Acabou virando uma festinha noise irritante, onde só o Fábio Zimbres curtiu (e isso pra mim é uma honra!). Os cariocas disseram que curtiram, mas acho que foi mais por carinho pela gente mesmo. Rá! E não é que já na metade do show dos Massa chega a brigada militar e pede pra encerrar a festa? Mas os donos do Mojo foram extremamente diplomáticos e bateram um papinho paz-e-amor com os milicos, assim como os milicos também foram muy solícitos e deixaram a festa seguir adiante. O mesmo ocorreu no final do show do Domênico (quem viu a cena lá do lado de fora do bar disse que o pessoal da brigada foi tão gente fina que deixou o Domênico "tocar mais uma pra encerrar então"). Enfim, era a noite da confraternização entre todas as tribos da floresta encantada de Porto Alegre.
Quanto ao show do Domênico... MATOU A PAU!!
Eu já tinha visto uma apresentação dele lá em SP na gravação de um programa de TV. Mas esse show em Poa foi muito muito melhor. Domênico tava bem mais solto, brincalhão, falando merda, saracoteando de um lado pro outro. Sem falar que a banda que acompanha o cara é composta só por músicos fodas de carteirinha: Kassin demolindo no seu baby synth, Stephan mostrando como uma bateria deve ser acariciada, Moreno swingando com sua guitarra e disparando barulhitos faceiros no seu laptop e Pedro Sá dando verdadeiras aulas de guitarra pra quem quiser aprender o que é ser um excelente guitarrista sem ter que ficar batendo punhetas de 3 horas com o instrumento. Pra fechar o show, Domênico tocou uma música nova que é M A R A V I L H O S A! Eu tava achando que aquilo era alguma clássica cantiga italiana, música tradicional da calábria, algum sucesso dos anos 60 lá da Itália. Mas era uma música nova do Domênico. Pra botar tudo abaixo de vez!

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Fomos depois pro tal do Osho Bar (um lugarzinho que não simpatizo muito. Geralmente o DJ mete a música no talo, tu não consegue conversar com ninguém e não acha lugar pra sentar, e a cerveja é cara). O climinha tava calminho por lá e batemos mais um papinho com os cariocas queridos. Delicium est.

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É muito bom estar vivo. É bom porque sempre aparecem esses momentos singulares nas nossas vidas. Esses momentos legais pra tirar trocentas fotos, filmar, gravar em áudio, etc. Só pra ver / ouvir depois e se dar conta que tudo aconteceu de verdade, não foi um sonho ou se desmilingüiu na memória depois de uma cervejada sem controle. Eu tava lá e vivi tudo isso. E vou viver mais e mais ainda. Ah se vou!